Na questão 1ª de "O Livro dos Espíritos", tratado da filosofia espírita, Allan Kardec perguntou aos Espíritos: Que é Deus?
A pergunta de Kardec, só por si, revela-nos que Deus não é uma pessoa já que não pergunta: Quem é Deus? Revela-nos também que Deus não é um objeto ou uma coisa material, pois na pergunta o que não foi precedido do artigo o. Feita a análise da pergunta, passemos à resposta dada pelos Espíritos: "É a inteligência suprema, causa primária de todas as cousas". Isto é, sem Deus nada do que existe existiria.
É a Inteligência Suprema: não existe nenhuma outra que sequer a iguale.
Os Espíritos, respondendo a Kardec quando desejava saber o que são os espíritos, disseram: "Os seres inteligentes da criação". Criados por Deus à sua imagem e semelhança, isto é, seres inteligentes como Inteligente Ele o é.
O Ser Supremo é rico de atributos ou qualidades que O tornam ímpar no Universo.
Deus é eterno. Existe de toda a eternidade. Não teve princípio e nem terá fim.
É imutável. É sempre o mesmo hoje como o foi ontem e o será amanhã. É por isso que disse a Moisés para que O revelasse ao Faraó: "Aquele que é te mandou".
É soberanamente bom e justo.
É infinitamente Misericordioso.
E onisciente. E onipresente e onipotente. E em todos os atributos Ele o é infinitamente perfeito.
Na visão espírita, Deus jamais condenará uma criatura sua ao castigo eterno, pois ao criar o espírito tinha e tem Ele ciência dos erros que essa sua criatura cometeria ao longo de sua vida, logo cometeria "erros imperdoáveis" que a levariam ao "castigo eterno?" Sendo infinitamente Misericordioso, dará sempre ao faltoso - qualquer que seja a falta, porque o Espírito jamais poderá ser infinitamente mau - uma oportunidade a mais para refazer sua vida, corrigindo os erros.
Jesus nos ensinou, a nós espíritos imperfeitos, que devemos perdoar setenta e sete vezes as ofensas recebidas, logo Deus, a perfeição absoluta, perdoará sempre as ofensas ou faltas de suas criaturas imperfeitas, porque a sua criatura jamais cometerá o mal infinito. Não se pode, pois, punir com penas infinitas, eternas, as faltas finitas dos homens ou dos Espíritos.
Deus, na visão espírita, é o DEUS PAI que ama incondicional e desmedidamente todas as suas criaturas.
Soberanamente Bom e Justo, distribuirá a Sua Justiça com Misericórdia. Este é o DEUS dos espíritas.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Deus, na Visão Espírita
Autor: Expedito Luiz Leão



0 comentários:
Postar um comentário